O turismo sustentável na Ibero-América transpassou as linhas do turismo tradicional e, da mão da Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, propõe outra forma de viajar e conhecer, uma que respeite os lugares e as comunidades que se veem beneficiadas, mas às vezes também afetadas pelo turismo.
Trabalho digno no turismo do sul do Chile
Na chamada selva fria, a mais de 800 quilômetros ao sul de Santiago do Chile, encontra-se a reserva biológica Huilo Huilo, onde é promovido um turismo distinto, que respeite a natureza e as comunidades visitadas. Seu modelo de contratação -mais de 80 por cento de sua planilha é constituída por pessoas da zona- e sua relação com as comunidades locais valeram-lhe o prêmio Virgin Holiday Responsible Tourism em 2013.
O Diretor Executivo da Fundação Huilo Huilo, Rodolfo Cortés, assegura que o objetivo principal da empresa é o desenvolvimento das comunidades locais.
“Trabalha-se junto com as comunidades buscando gerar um desenvolvimento. A ideia é que as artesãs da zona trabalhem nisto, os homens trabalham de guias turísticos e condutores, em resumo, diversos labores que façam com que a comunidade seja um ente partícipe e ativo dentro do desenvolvimento de seu próprio território. E nisso, Huilo Huilo funciona como um ator que permite unir todas as comunidades, trabalhar em conjunto com elas e potenciar o desenvolvimento”.
Respeito a entornos naturais
A somente duas horas de Buenos Aires, no Delta do Rio Paraná, encontra-se o complexo turístico Bonança Deltaventura, uma localização natural de 60 hectares que inclui diferentes paisagens e ecossistemas protegidos, tais como cerrados, pastos, montes, pântanos e lagoas.
A responsável de Bonanza Deltaventura, Rosana Di Mecola, conta que a empresa trata de conscientizar os turistas no respeito à paisagem.
“Nas atividades guiadas que realizamos temos um duplo objetivo: que passem bons momentos, que se divirtam, mas além disso, conscientizar sobre a importância e o cuidado dos pântanos, que é o espaço que visitam. Tentamos cuidar destes pântanos com a reflorestação de espécies autóctones e conseguir que os turistas voltem para suas casas com a ideia de cuidar e conservar o meio ambiente”.ssas comunidades”.
Este vídeo da experiência, mostra como se produz a interatuação entre turistas e comunidade.
Inclusão das comunidades indígenas
A reserva da biosfera de Sian Ka’an é a maior área marinha protegida do México. Abrange mais de 500.000 hectares de terra e oceano no município de Tulum, Quintana Roo, península de Yucatán. Em 1986 foi designado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO por sua rica biodiversidade e a riqueza da cultura Maya.
Atendendo a esta diversidade cultural, o Programa de Pequenas Doações, dependente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, PNUD, criou a Comunidade de Tours Sian Ka’an, uma aliança de três cooperativas de ecoturismo sustentável que trabalham diretamente com as comunidades indígenas Punta Allen e Muyil.
O Coordenador de Operações da Community Tours Sian Ka’aan, Roman Caamal Coh, valora a importância da experiência e as repercussões em sua comunidade.
“É muito importante para nós preservar nosso meio ambiente e nossos recursos naturais, porque aqui é onde trabalhamos, geramos empregos e meios de vida sustentáveis para nossas comunidades”.
Este vídeo da experiência, mostra como se produz a interatuação entre turistas e comunidade.