O filme “Angélica: um canto à vida” conta a história real de uma menina que nasceu com deficiência física e que se enfrenta a um duro contexto familiar e social nos Andes equatorianos.
Trata-se de um filme de duas horas dirigido por Martín Ávalos, com roteiro de Dina Calderón e produzido por Dinarte. Foi estreado recentemente na Casa da Cultura Equatoriana de Quito e atualmente pode ser visto nas principais salas do país.
“O filme foi aclamado por levar ao cinema um tema que, em muitas partes do país, continua sendo um tabu.
A fita mostra a vida cotidiana na serra e nela atuam, principalmente, pessoas comuns do lugar, com influência do teatro clássico quitenho. O filme foi aclamado por levar ao cinema um tema que, em muitas partes do país, continua sendo um tabu.
Angélica tem uma deficiência por causa de uma enfermidade congênita que resta mobilidade em suas extremidades superiores. No filme se mostra a quantidade de obstáculos que teve de superar em seu entorno.
A roteirista da fita, Dina Calderón, disse que quis contar a história de Angélica, quem hoje tem 30 anos, por que foi um caso que viveu muito de perto.
Segundo explicou, ao caso real acrescentou “toques de realismo mágico tão próprios de um momento de nossa narrativa latino-americana”.
“Cativou-me a grandeza que Angélica, uma jovem muito inteligente e com muitas capacidades de fazer coisas grandes apesar de ter tido todas estas dificultardes, que na serra equatoriana se amplificam, pela falta de recursos”, afirmou a roteirista e atriz de 88 anos.
“Angélica, um canto à vida” contou com um elenco de atores locais profissionais e mais de 300 pessoas sem experiência atoral que participaram ativamente na rodagem.