Cooperação Sul-Sul como ferramenta de integração

Cooperação Sul-Sul como ferramenta de integração

Nos últimos anos, o Sul global está tendo cada vez mais influência e incidência no sistema internacional; e, em tempos de incerteza, os países do Sul impulsionam o crescimento global.

A Cooperação Sul-Sul (CSS) colocou sobre a mesa uma nova lógica de ajuda diferente à Cooperação Norte-Sul.

Com relação ao processo de construção do conceito da Cooperação Sul-Sul, poderia se dizer que não houve consenso sobre como defini-lo.

Em termos de Thomas Kuhn estaríamos perante uma crise do paradigma. No presente trabalho, entende-se como uma relação mútua inter pares e “seus princípios básicos são a horizontalidade, o consenso e a equidade”.

A Cooperação Sul-Sul incrementou seu volume e importância no sistema internacional, é um processo dinâmico e contínuo na região latino-americana.

A CSS pode ser vista em muitas ocasiões como uma ‘caixa de ferramentas’ na que a integração se viu influenciada, mas teve um caráter mais discursivo que prático.

O presente trabalho analisa a relação da Cooperação Sul-Sul e sua relação com a integração regional latino-americana, entendendo-os como dois processos inter-relacionados e interdependentes. Na região latino-americana, dito processo se viu fortalecida com relação ao caráter identitário e cultural.

Neste marco, o objetivo da pesquisa foi examinar se a Cooperação Sul-Sul é uma ferramenta que fomentou a integração regional na América Latina, fazendo especial incidência nos processos multidisciplinares que se aproximam em princípios e valores à CSS, como o regionalismo post-neoliberal.

Os processos de integração são entendidos como construções socio-históricas nas que os governos dos Estados estão envolvidos e têm incidência no processo. Para realizar este enfoque prospetivo foram analisadas pesquisas científicas e artigos acadêmicos, além de recorrer a fontes primárias de várias organizações internacionais. Desta forma, foi eleito um estudo de caso para exemplificar a instrumentalização: o caso de UMASUR.

A situação do continente mudou em relação ao ano 2016, data na que foi escrito o trabalho. No entanto, os organismos de integração que têm princípios da CSS em suas origens proclamam sua preocupação na estabilização regional e o reforço da identidade latino-americana.

A CSS pode ser vista em muitas ocasiões como uma ‘caixa de ferramentas’ na que a integração se viu influenciada, mas teve um caráter mais discursivo que prático.

 

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