Abordar problemas comuns mediante a cooperação e o diálogo e aprender das experiências individuais, permite resolver problemas comuns com políticas comuns que beneficiem a cidadania. Ao mesmo tempo, ajuda a valorizar os princípios que unem a Ibero-América e contribuem à criação de um espaço comum mais justo, equitativo, solidário e sustentável. Isso é trabalhar em rede.
Neste especial abordamos o trabalho das redes de cooperação que formam parte do Registro de Redes Ibero-americanas da SEGIB, um instrumento de cooperação criado pelos Chefes de Estado e de Governo na Cúpula de El Salvador de 2008, com o objetivo de estabelecer vínculos institucionais com todos aqueles atores da sociedade civil e/ou governamentais que realizam tarefas significativas na região.
Para isso entrevistamos duas líderes regionais: Nadine Gasman, Presidenta do Instituto Nacional das Mulheres do México (INMULHERES), à frente desde sua criação há um ano da Rede Ibero-americana de Mulheres Mediadoras e Mar España Martí, diretora da que faz as vezes de Secretaria Técnica da Rede Ibero-americana de Proteção de Dados (REDIPD).
Oferecemos também uma pincelada sobre as Redes Ibero-americanas conectadas pela saúde e explicamos como trabalham. O doutor brasileiro Joel de Andrade conta como trabalha e Yessenia Moreira, mãe de um menino afetado pela síndrome de Cornelia de Lange e membro da Aliança ibero-americana de doenças raras (ALIBER) explica como, em rede, fortalecem as organizações de doenças raras.
A importância da diplomacia da saúde é mostrada por Sebastián Tobar, Pesquisador Sênior e Assessor de Cooperação para a América Latina do Centro de Relações Internacionais em Saúde da FIOCRUZ (CRIS/FIOCRUZ) do Brasil. Outro exemplo de somar para chegar mais longe é representado pela Rede Ibero-americana Ministerial de Aprendizagem e Pesquisa em Saúde (RIMAIS) e sua experiência nas Jornadas Ibero-americanas Virtuais: Coronavírus e Saúde Pública.
A cooperação jurídica e judicial em rede é contada por Alfredo Alcántara, diretor executivo, do Instituto Nacional de Proteção dos Direitos do Consumidor (Pro consumidor) da República Dominicana, que neste ano ostenta a Presidência Pro Tempore do Foro Ibero-americano de Agências de Governo de Proteção ao Consumidor (FIAGC). Desde sua organização abordam os desafios do comércio global, a publicidade enganosa e o trabalho para alcançar alinhamentos comuns que ajudem a proteger e educar a cidadania.