Um dos coletivos com mais risco frente à pandemia é o das pessoas com deficiência, que segundo a comunidade médica é um coletivo que apresenta maior risco de desenvolver doenças e, em caso de desenvolvê-las, que estas sejam mais graves, ao mesmo tempo que requerem maiores apoios/interações de terceiras pessoas e uma elevada frequência de visitas a hospitais e centros sócio sanitários.
Neste contexto, e tendo em conta os planos de vacinação conta a COVID-19 existentes na região, o Programa Ibero-americano de Deficiência advoga por assegurar a disponibilidade de vacinas para esta população, informação em formatos acessíveis, acessibilidade aos espaços de vacinação, assistência pessoal, apoio e ajustes razoáveis, assim como critérios que atendam a priorização das pessoas com deficiência em situação de maior vulnerabilidade perante o vírus. Estas medidas se tornam imprescindíveis para que ninguém fique para trás na recuperação pós pandemia.
Assim nasce a campanha de vacinação inclusiva das pessoas com deficiência, uma campanha orientada para que os governos tomem medidas que:
- Considerem as pessoas com deficiência como grupo prioritário
- Visibilizem as pessoas com deficiência e suas redes de apoio como coletivos prioritários nas estratégias de vacinação
- Promovam a informação inclusiva e acessível sobre os programas de vacinação, e que se assegurem de que as pessoas com deficiência conhecem a disponibilidade de vacinas e podem expressar seu consentimento livre e informado para recebê-las, em igualdade com os demais grupos prioritários
- Assegurem que os centros de vacinação são acessíveis, que se dispõe de transporte acessível e de apoios, ajustes e demais elementos de apoio para garantir a vacinação das pessoas com deficiência, assim como de suas redes de apoio
- Ofereçam informação ao pessoal sanitário para que conte com os conhecimentos adequados no momento de implementar as estratégias de vacinação de forma inclusiva das pessoas com deficiência
Testemunhos de pessoas com deficiência