O dado: quantas pessoas têm acesso à água e ao saneamento na região

O dado: quantas pessoas têm acesso à água e ao saneamento na região

A água é o recurso essencial que sustenta a vida na Terra, e os ecossistemas saudáveis são cruciais para preservá-la.  

A pandemia da COVID-19 não só sacudiu os sistemas de saúde, as sociedades e as economias do mundo, senão que além disso foi, para muitos, uma chamada de atenção sobre ameaças potencialmente ainda maiores, especialmente as apresentadas pela mudança climática.  

Tanto é assim que, ao início desta crise a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um manifesto com recomendações para uma recuperação saudável e ecológica da COVID-19, no qual pede aos governos que protejam a natureza, apoiem fontes de energia limpa, sistemas alimentares sustentáveis e cidades mais saudáveis, e reduzam as atividades contaminantes.  

Uma das principais recomendações é o investimento eservos essenciaisacesso à água e saneamento que são fundamentais para prevenir a transmissão de enfermidades infecciosas 

 

Avanços no acesso  

América Latina e o Caribe alcançaram grandes avanços no acesso à água nas últimas décadas.  

Aproximadamente 90% da população da maioria dos países da região Caribe tem acesso à água, e 85% conta com saneamento básico  

Isto, segundo dados do recente estudo Medindo os avanços: a dimensão ambiental dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável a América Latina e Caribe”, apresentado enovembro de 2020 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).  

No entanto, continua o relatório, ainda persiste um significativo grau de desigualdade entre países e entre as zonas rurais e urbanas,  que estas últimas têm entre 10% e 60% mais acesso à água.  

Esta disparidade afeta, quase exclusivamente, aregiões pobres. 

 

Governança da água  

Segundo cifras do Programa de Monitoramento Conjunto para o Abastecimento de Água e Saneamento (JMP, por suas siglas einglês), da Organização Mundial da Saúde(OMS/OPS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), na região 28 milhões de pessoas não têm acesso a fontes de água tratada, 83 milhões carecede instalações de saneamento adequado e 15,6 milhões ainda defecam ao ar livre.  

Como consequência, se a América Latina e o Caribe desejam seguir uma via de desenvolvimento sustentável, as estratégias para se recuperar da crise global devem estar alinhadas com políticas para o enfrentamento e a mitigação das crises relacionadas com a mudança climática e a perda de biodiversidade, diz o relatório do PNUMA.  

Temas como a liderança política, o financiamento e a boadministração da água como recurso hídrico e seu impacto no meio ambiente  formaparte da agenda regional promovida pelConferência de Diretores Ibero-americanos da água (CODIA), um foro técnico e de cooperação dos 22 países da Ibero-América.  

A integração das considerações ambientais nos planos de recuperação e os pacotes de estímulo econômico, conclui o relatóriogarantirá sua viabilidade a longo prazo e sua contribuição à consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.